10/10/2017
De frente para a Praia do Gragoatá e com vista para os principais cartões-postais do Rio, o terreno onde havia um grande campo de futebol utilizado pela Liga Niteroiense de Desportos (LND) pode receber um empreendimento imobiliário. Apesar de não haver qualquer placa sinalizando autorização para obras, a área já está toda cercada com tapumes e, na semana passada, operários trabalhavam com uma retroescavadeira. Do lado oposto, no topo do Morro do Gragoatá, o projeto para construção de oito prédios de seis andares motivou a convocação de uma audiência pública, que será dia 16, ainda sem local definido, a pedido do Conselho Universitário da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Nos dois projetos, está por trás a empresa Planurbs S/A, responsável pelo aterro da orla do Centro nos anos 1960. A equipe do GLOBO-Niterói não conseguiu contato com representantes da construtora, mas o terreno do campo, pelo menos até bem pouco tempo atrás, era dela. Já o do topo do morro é alvo de uma briga judicial. Há três semanas, como foi mostrado neste suplemento, a UFF devolveu à empreiteira a área de mais de 60 mil metros quadrados — desapropriada há dez anos, mas nunca paga, como estava previsto em acordo firmado na Justiça — com contrapartidas de terrenos menores para a universidade e a prefeitura.
Informações extraoficiais dão conta de que o projeto para o terreno do campo de futebol — que já teria sido apresentado à prefeitura — prevê a construção de lojas e salas comerciais num prédio de três pavimentos e garagem subterrânea.
— Quando os donos do terreno do campo nos informaram que usariam a área, disseram que era para a construção de lojas, mas não detalharam — afirmou o presidente da LDN, Vanir Ferreira.
A informação dada por ele foi confirmada por outra fonte, que disse ainda que a ideia seria levar para o local o clima boêmio da região da Cantareira, com bares e restaurantes.
Ao ser questionada se havia autorização liberando obras no local e de que tipo de empreendimento se tratava, a prefeitura, no entanto, respondeu apenas que o terreno em questão é área particular e não tem licenciamento para qualquer tipo de construção: “Qualquer licenciamento da Secretaria municipal de Urbanismo será precedido de avaliação em relação aos parâmetros urbanísticos”, enfatiza a nota.
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